O acesso ao município da Serra ocorre através de alguns grandes eixos viários de domínio federal e estadual, que o atravessam servindo tanto ao trânsito de passagem como ao trânsito local. Esses eixos têm o sentido norte-sul e fazem parte do sistema viário principal metropolitano.

O mais importante eixo é a BR-101 com os seus dois segmentos, o trecho norte e o contorno de Vitória. Esse eixo é o que apresenta o maior fluxo de veículos e de passageiros.

O segundo eixo viário é a ES-010, que dá acesso à região litorânea, onde estão localizados os balneários, e prossegue até o limite com o município de Fundão. No período do verão, é superutilizado, devido ao crescimento da população flutuante dos bairros situados no litoral.

Há ainda a ES-262, que corta todo o território serrano no sentido leste-oeste no extremo Norte do município, ligando Nova Almeida a Santa Leopoldina. É uma via de pequena importância econômica, sendo quase totalmente rural e sem pavimentação.

Existem alguns eixos intra-urbanos que desempenham papel fundamental na estruturação do sistema viário municipal. É o caso da Av. Civit II/Av.Manguinhos, que atravessam a região de Laranjeiras e, paralelamente à ES-010, dão acesso a Jacaraípe e às praias situadas ao Norte do município.

Deve-se citar também o eixo denominado Avenida Norte-Sul, que foi construído mais recentemente e apresenta grande relevância, pois, paralelamente à BR-101, estabelece a ligação entre as mais importantes áreas residenciais, industriais, comerciais e de serviços do município.

Pode-se dizer que as características mais marcantes do sistema viário existente no município são as seguintes: rede bem estruturada, dotada de eixos viários de boas dimensões, quase sempre compatíveis com o tráfego e em bom estado de conservação; predominância de ligações no sentido norte-sul, convergentes para Vitória e a parte Sul da Região Metropolitana; sobreposição de rodovias federal e estadual com tráfego urbano e uso local; e poucas ligações interbairros e intercorredores.

É importante destacar que tanto nos grandes eixos viários (vias arteriais), quanto nas vias principais, coletoras e locais, há quase ausência total de vias especiais para atendimento do pedestre e do ciclista, embora a Pesquisa de Origem-Destino da RMV, realizada em 1998 pelo Plano Diretor de Transporte Urbano, indique que, do total de viagens diárias realizadas na Serra (439.629), 46,54% e 17,99%, respectivamente, são realizadas a pé e de bicicleta.

BR 101: acesso à Serra-sede 
 

O transporte coletivo no município é controlado e operado pela Ceturb, por delegação da municipalidade. O Serviço Municipal de Transporte Coletivo encontra-se totalmente integrado ao Sistema de Transportes da Região da Grande Vitória.

Encontram-se em operação 68 linhas, sendo 1 diametral, 25 frontais e 42 alimentadoras. Há também algumas linhas de integração intramunicipais. O sistema é integrado através de dois terminais, situados em Laranjeiras e Carapina. O primeiro é dotado de boas condições operacionais e o segundo apresenta condições de saturação operacional.

A atual rede de transporte coletivo atinge 84% da área urbanizada do município, o que é considerada uma cobertura razoável.

O sistema de táxi é controlado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e enfrenta problemas de planejamento da localização de pontos e de controle operacional. Os problemas são semelhantes aos apresentados pelos sistemas de táxis dos outros municípios da Região Metropolitana, o que recomenda seja dada uma abordagem metropolitana ao assunto.

O trânsito no município, em função das boas estruturas e do bom estado de conservação das vias públicas, não apresenta problemas graves de congestionamento e de acidentes. Identificam-se, contudo, certos pontos de estrangulamento nas conexões dos grandes eixos, principalmente na BR-101 e na Av. Civit II/Norte-Sul, e problemas de estacionamento em certas áreas mais adensadas e de uso mais intensivo, como é o caso de Jacaraípe, Laranjeiras e Serra-sede.

Rodovia ES-010: acesso às praias ao norte do município 
 

FONTE: Planejamento Estratégico da Cidade - AGENDA 21